15/07/2022

A ligação com o crime: A relação cabulosa do PT com PCC

A revelação do operador do esquema do mensalão, Marcos Valério, em sua delação, ao dizer que o PT tinha elos financeiros  com o Primeiro Comando da Capital (PCC) em São Paulo causou pânico entre os petistas, medo entre as autoridades e pressão na Inteligência policial por respostas urgentes para essa questão.

O ex-ministro dos governos Lula, Antonio Palocci, em delação, afirmou que o PT teria usado por diversas vezes a facção criminosa PCC para lavar dinheiro no Brasil. Segundo foi apurado, uma das partes mais polêmicas da colaboração premiada de Palocci trata de seu envolvimento direto com integrantes de uma rede de lavagem de dinheiro usada pelo crime organizado orquestrado com apoio da facção PCC.

Mais recentemente, neste mês de julho, Valério decidiu não ir à Câmara dos Deputados explicar a suposta relação entre o PT e o PCC.

O convite foi feito após a divulgação de trechos de uma delação premiada dele em depoimento à Polícia Federal, quando afirmou que o ex-secretário-geral Sílvio Pereira lhe disse que o empresário Ronan Maria Pinto ameaçava revelar que o PT recebia dinheiro de empresas de ônibus, de operadores de transporte clandestino e de bingos, que lavavam dinheiro para o PCC. O objetivo era financiar campanhas do PT ilegalmente.

Ainda havia a expectativa de obter esclarecimentos por parte de Valério sobre a participação do PT no caso da morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel, que teria elaborado um dossiê revelando os petistas financiados de forma ilegal.

Uma coisa ficou clara depois desses episódios: fica difícil definir o PCC somente como uma organização criminosa, como insistem alguns. Apesar da motivação econômica, conduta típica do crime organizado, o PCC também visa desestabilizar o Estado. As repercussões de seus atos podem causar desde o prejuízo financeiro imediato até a fragilização da política e da reputação do País.

A forma de agir desse grupo, aliada à impotência do poder público, fez surgir uma nova classe de criminosos, mestres no terror, que utilizam estratégias e ações coordenadas para aterrorizar a população. A clandestinidade garante um poder superior aos dos agentes da lei. São discípulos de Sun Tzu, Maquiavel e Robespierre. Seguem os ensinamentos contidos em livros como “O Pequeno Manual do Guerrilheiro Urbano”, de Carlos Marighella e “Guerra de Guerrilhas”, de Ernesto Che Chevara. 

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