02/06/2022

TCU cobra dívida bilionária e ‘casa cai’, de novo, para ex-diretor da Petrobras nos governos do PT.

O Tribunal de Contas da União está cobrando a bagatela de R$ 975 milhões de reais do ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, indicado ao cargo no governo do ex-presidente Lula, onde permaneceu desde o início do primeiro mandato, em 2003, até 2015, já no segundo mandato de Dilma.

A intimação encaminhada pelo TCU traz o valor e cobra explicações de Duque por supostos prejuízos causados à estatal na construção das refinarias Premium I e II (nos municípios de Bacabeiras-MA e Caucaia-CE, respectivamente), iniciadas no segundo no mandato de Lula.

Segundo o TCU, a suspensão das obras causou um prejuízo de 2,7 bilhões de reais, em diversos serviços que já haviam sido realizados, como a terraplanagem das áreas de construção, e em equipamentos e materiais adquiridos que acabaram se deteriorando com o abandono.

Um dos motivos da paralisação foi a falta de lisura nos processos, sob responsabilidade de Renato Duque. O ex-diretor, foi um dos réus nos julgamentos iniciados a partir das investigações da Operação Lava Jato e do esquema conhecido como Petrolão.

Em março de 2015 foi preso. Condenado em seis processos, acumula pena de mais de 70 anos de prisão, mas cumpriu apenas os cinco primeiros em regime fechado, sendo solto em abril de 2020, por acordos firmados em delação premiada.

Entre os crimes cometidos por Duque, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro no exercício do cargo de direção na Petrobras

No processo de cobrança quase bilionário do TCU, o ex-indicado de Lula terá que se explicar e convencer, ou o valor será cobrado judicialmente.

Vale lembrar que as refinarias eram promessa de campanha de Lula e jamais fora cumpridas, tornando-se, na verdade, uma torneira aberta de corrupção e desvios, em um projeto de manutenção no poder.

Quem sabe, a cobrança dessa ‘simbólica quantia’ não  'ajude' Renato Duque a fazer novas revelações, afinal foi ele que, durante depoimento no tribunal, em maio de 2017, disse que o ex-presidente tinha “pleno conhecimento” e “comando” sobre o esquema de corrupção que envolvia a estatal.

O ex-diretor contou alguns detalhes de três encontros que manteve com o ex-presidente:

“Ficou claro, muito claro, que ele tinha pleno conhecimento de tudo e detinha o comando”, disse


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