A mãe do rapaz, no entanto, parece que sabe qual o real motivo de tão dura condenação. Liset Fonseca acredita que a sentença ocorreu em virtude do filho ter rasgado uma fotografia do falecido ditador cubano Fidel Castro.
“Rasgar a foto, isso não tem perdão”, disse ela, antes de afirmar que vai apelar do veredito. “Eles tiveram que fazer algo que foi uma grande lição”, diz a mãe do condenado.
Três juízes do Tribunal Municipal Popular de San José de las Lajas, determinaram a culpa de Pérez Fonseca com base nas declarações do policial Jorge Luis García Montero, única testemunha autorizada pelos magistrados.
Duas testemunhas da defesa foram rejeitadas e consideradas "parciais": um parente e um amigo do réu.Em outros casos que ainda não foram julgados, as penas pedidas são ainda maiores, chegando a 25 anos de prisão.
Tudo "responde a uma política penal", a partir das manifestações de julho, com "sanções severas como efeito de exemplo para que o resto da sociedade se iniba" e que busca "instilar medo e medo", diz Laritza Diversent, diretora de uma ONG de defesa dos direitos humanos.
Nas manifestações de 11 e 12 de julho, em 50 cidades, os participantes gritavam "Liberdade" e "Temos fome".
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