19/08/2021

Caos no Afeganistão: os militares dos EUA lutaram, a CIA informou, o Presidente Biden falhou

O mundo vive um momento dramático: a queda do Afeganistão para os Talibãs não significa apenas a perda de um país ou uma derrota militar.
No primeiro caso, estaríamos diante de uma tragédia para o povo afegão: os danos seriam geograficamente circunscritos e as forças do Mundo Livre poderiam controlar os danos facilmente e garantir os direitos humanos mais elementares dos afegãos.
No segundo caso, estaríamos diante de uma humilhação que ficaria para os livros de História, mas que não inviabilizaria a nossa oportunidade de escrever uma História no presente capaz de salvaguardar uma História ainda melhor para as gerações vindouras.
Por muito difícil que possa parecer, este não é o momento para desesperar nem para nos entregarmos a exercícios de dramatismo fatalista – este é o momento para refletirmos racional e seriamente sobre o curso que estamos deixando que o mundo tome.
A vitória dos Talibãs no Afeganistão representa uma expressiva reconfiguração da geopolítica internacional.
Em Outubro do ano passado, escrevemos em publicação portuguesa que a China e o Irã estavam negociando uma parceria estratégica que visava (e visa) unir os dois extremos do mundo num grande corredor, quebrando a influência internacional dos EUA e provocando a sua divisão interna.
A China e o Irã formalizaram este Pacto estratégico internacional (para o mundo ver!) em Janeiro transato. Com a tomada do Afeganistão pelos Talibãs, o Pacto China-Irã ganha nova preponderância internacional – ou, noutra perspetiva, a (re)conquista de poder político pelos Talibãs é (mais) uma manifestação do Pacto China-Irã.

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