Agora é que são elas. As audiências públicas, para valer, começam no fim deste mês de fevereiro. Será nesse momento que o paranaense terá efetivamente, vez e voz. As audiências públicas oficiais serão o espaço do contraditório, a exposição de argumentos de todas as ordens, enfim, a oportunidade real do debate, quando o rumo das rodovias paranaenses serão definidos para as próximas décadas. Estranhamente, o deputado Luiz Cláudio Romanelli quer cancelar estas audiências.
Mas há explicação: Romanelli quer ganhar tempo para encontros promovidos por ele e deputados estaduais que se autodenominam Frente Parlamentar do Pedágio e continuar sua pregação que tem forte apelo eleitoral, mesmo que não sejam audiências públicas oficiais e não tenham qualquer poder de decisão na questão que tanto preocupa os paranaenses, em especial o setor produtivo.
Resumo da opereta: O deputado Luiz Cláudio Romanelli quer o cancelamento das audiências públicas oficiais da ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres porque pretende estender o período em que promove reuniões e defende as suas posições sem confrontá-las com as do Ministério da Infraestrutura e de outras instâncias que com ele não concordam, Ou seja, prefere adiar o contraditório e continuar a realizar reuniões que acabam virando comícios eleitorais, pois não têm nenhum poder de decisão.
O problema é que é necessário realizar o processo de audiências públicas oficiais onde todas as ideias sejam expostas. Os próprios deputados liderados por Romanelli na chamada Frente Parlamentar do Pedágio deveriam encarar o contraditório nas verdadeiras audiências públicas que serão iniciadas no final do mês. Sem esse caráter oficial, os encontros acabam se caracterizando como mera encenação panfletária e eleitoreira.
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