Presidentes de partidos de oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro defenderam nesta quinta-feira, 23, a abertura de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre a baixa execução de orçamento federal reservado para o combate à covid-19.
Em nota, os dirigentes políticos citam auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) que apontou que o Ministério da Saúde gastou somente cerca de 30% do prometido para enfrentar a pandemia até o fim de junho. De R$ 38,97 bilhões reservados à pasta em ação do orçamento sobre pandemia, foram pagos R$ 11,48 bilhões.
Os presidentes de siglas Roberto Freire (Cidadania), Carlos Lupi (PDT), Carlos Siqueira (PSB), José Luiz Penna (PV) e Pedro Ivo (Rede) assinam o documento. “Bolsonaro sabotou todas as medidas de contenção da pandemia, estimulando a crença em remédios comprovadamente ineficazes e o desrespeito ao isolamento social. Naquela fatídica reunião ministerial, manifestou inclusive o desejo de armar a população contra governadores e prefeitos, os mesmos a quem se destinava a maior parte dos R$ 39 bilhões em recursos emergenciais contra a pandemia”, afirmam eles. As informações são do Estadão.
Os dirigentes dizem que os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), precisam “deixar de lado a confortável posição de diálogo estabelecido com o governo” para instalar a CPMI.
“Se a não liberação dos recursos teve, além da desídia, ação dolosa de retaliação a adversários políticos, contribuindo para a morte de milhares de inocentes, será ainda o caso de levar seus perpetradores ao Tribunal Penal Internacional de Haia”, afirma a nota.
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