Daniel Silveira faz denúncia grave contra Moraes.

Nessa verdadeira guerra que o judiciário declarou ao Poder Executivo desde a eleição de Jair Bolsonaro em 2018, houve muitos ‘danos colaterais’ vários jornalistas e intelectuais tiveram que fugir do Brasil, canais de Youtube, jornais e até emissoras de rádio foram perseguidos ou fechados, muitos perderam empregos e houve pelo menos um caso de lesão permanente – um jornalista ficou paraplégico depois de ser torturado barbaramente numa prisão em Brasília.

Nesse confronto insano, poucos perderam tanto quanto o deputado Daniel Silveira, à revelia da Constituição ele foi preso, teve contas bloqueadas e viu sua esposa, que é advogada, ser igualmente perseguida. Tudo por crime de opinião – para o qual aliás ele deveria ter imunidade parlamentar. 

Nesta quarta, 30/11, na Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle do Senado, o deputado deu um depoimento fortíssimo: 

"Quando eu estava no presídio, o Alexandre mandou um ‘procuradorzinho de porcaria’ me ameaçar lá... Me ameaçar dizendo que minha família poderia sofrer retaliação. 

Eu falei: - Capricha mais que eu sou PM no Rio. Não dá para me ameaçar nesse sentido, isso para mim não é nada."

O tal procurador teria pedido, então, o celular e a senha de Daniel Silveira para ter acesso às conversas com o Presidente da República. Em troca, o parlamentar seria solto no dia seguinte.

"Eu tenho três celulares apreendidos lá, fazem dois anos, mas quando foram apreender do Senador José Serra, o Toffoli foi rapidamente dizendo que não podia porque era vinculado ao mandato.

Ao passo que Toffolli foi reprovado em dois concursos de magistratura e a OAB naturalmente", disse.