Os procuradores Diego Luciani e Sergio Mola, do Ministério Público da Argentina, pediram na 2ª feira (22.ago.2022) que a vice-presidente Cristina Kirchner cumpra 12 anos de prisão e seja impedida de exercer cargos públicos para o resto da vida. As informações são dos jornais argentinos Clarín e La Nación.
Cristina e seu marido, Néstor Kirchner, são acusados de favorecer o empresário Lázaro Baez em obras públicas na província de Santa Cruz durante os 3 primeiros mandatos dos Kirchners (2003–2015).
Baez venceu 80% das licitações na região. Ele recebeu irregularmente 51 licitações que somam 46 bilhões de pesos (equivalente a R$ 1,75 bilhão na cotação desta 2ª feira).
Durante a 9ª e última audiência destinada às alegações de acusação, Luciani afirmou que a atuação de Cristina foi “decisiva e fundamental” para a realização dos crimes.
"Avalia-se o seu poder em relação aos demais réus, a natureza da conduta e os meios utilizados, os danos causados e os motivos e o ganho pessoal pretendido”, apontou o Ministério Público argentino.
E isso é apenas o começo, paira sobre Cristina (que já foi presidente da Argentina entre 2007 e 2015) acusações muito mais pesadas como conspiração para homicídio – do promotor Alberto Nisman – e até alta-traição por ter, supostamente, negociado com o Irã para dificultar as investigações sobre o atentado de 18/07/1994 que 85 argentinos de origem judaica e feriu 300.
A ex-presidente Dilma Rousseff, visivelmente preocupada, se apressou em se solidarizar com a 'amiga' argentina.
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