O fato é que temos agora o STF mandando no presidente da Câmara dos Deputados, tratando-o como estafeta de luxo e carimbador oficial. E assim Arthur Lira cumpre à risca a determinação dos dois supremos excelsos-ungidos de levar à votação o projeto na maior velocidade possível, para que entre em vigor antes mesmo da campanha eleitoral.
Isso é um quadro grave de anomia social, de anarquia institucional, de ruína completa da separação dos poderes, e seria motivo de decretação de…
Aliás, nem vou completar a frase acima para não sofrer algum tipo de represália por parte de ditadores travestidos de “defensores das instituições e da democracia”.
A única coisa relativamente boa nisso, para nós, a sociedade de bem: na atual forma de se fazer política no país, Lira não tem muito a oferecer para os deputados votarem como ele quer. Não há mais entrega de envelopes volumosos pelos corredores e gabinetes, como havia no passado, não há mais distribuição de cargos para aliados políticos, e nem mesmo emendas parlamentares no Orçamento, que hoje já são oficializadas por força de uma emenda constitucional que o Congresso aprovou para obrigar Bolsonaro a liberar as verbas para os parlamentares (a chamada PEC da emenda impositiva).
Será que Lira consegue convencer os parlamentares a votar a favor de um projeto contrário a eles mesmos? Nem jogando muito charme e poder de sedução para cima dos deputados Lira conseguirá conquistar os votos dos seus colegas.
Portanto, esse cenário dá um enorme poder de pressão para o eleitor junto a seu deputado: ou ele rejeita o PL 2630 ou não se elegerá nunca mais nem para síndico de condomínio.
Agora é hora de cada brasileiro de bem fazer essa mensagem chegar aos deputados.
E então, caso o PL em questão seja votado mesmo, que seja enterrado definitivamente, de uma vez por todas!
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