A admissão tardia dessa verdade após ter gasto dinheiro dos contribuintes em propagandas sabidamente mentirosas para afirmar o contrário, mesmo após um hacker ter permanecido viajando pelos escaninhos do TSE e de outras unidades da justiça eleitoral por cerca de oito meses, em pleno ano de eleições e, o que é mais revoltante nisso tudo, sem ser descoberto pelos servidores do próprio TSE, é um acinte para com a sociedade brasileira.
De acordo com informações tornadas públicas, essa pessoa teve acesso a tudo, absolutamente tudo que desejou, inclusive o código fonte, mas o presidente em exercício do TSE teve a desfaçatez de minimizar tal invasão e ainda declarar que ela não prejudicou os resultados do pleito, embora não tenha explicado em que ele se baseou para fazer essa declaração, pois todos os logs que poderiam esclarecer o percurso do invasor foram cuidadosamente apagados, segundo o TSE, acidentalmente...
Fica evidente a quem tem olhos de ver que, sem prejuízo de outras fragilidades, o TSE é incapaz de evitar uma invasão em seus sistemas, é incapaz de perceber uma invasão mesmo que ela transcorra por longo prazo e é incapaz de preservar informações tão importantes quanto os logs que permitiriam avaliar tal invasão.
O que mais falta para enquadrar essa organização nos quesitos de imperícia, imprudência e negligência?
É nessas mãos que repousam a isenção, a lisura e a exatidão dos resultados que deveriam traduzir a legítima vontade do povo soberano na escolha dos dirigentes de nosso País?
Em uma atitude deselegante, impatriótica e com o evidente intuito de causar embaraços ao nosso Presidente, que naquele momento personificava o Brasil em visita à Rússia, para a qual foi gentilmente convidado, naquele mesmo vídeo o futuro presidente do TSE acusa aquele país de estar se preparando para interferir dolosamente em nosso processo eleitoral.
Senhor Ministro, em um sistema como esse que o Sr. vai presidir, qualquer hacker, de qualquer país, tem condições de se locupletar. Como exemplo, o hacker que acampou em sua futura sesmaria por oito meses é português. Os russos, se vierem, ainda não chegaram.
Há anos que um número enorme de profissionais sérios e competentes vem reiteradamente apontando a precariedade de nosso processo eleitoral. E desde os tempos do Prof. Diego Aranha (hoje exilado na Dinamarca) e da Dra. Maria Aparecida Cortiz (hoje afugentada em Portugal) os Srs., ao invés de corrigir as evidentes deficiências do sistema, preferem ameaçar e perseguir aqueles que as denunciam.
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