Induz a pensar que a vida do “condenado” ainda desperta interesse da sociedade e que ele ainda é o líder que já foi.
Alto lá camaradas! Não é nada disso. O "cara" já era! Não quero desmerecer o autor, que na minha opinião é uma referência absolutamente brilhante como escritor.
Conheço parte significativa da sua obra de jornalista e memorialista, como por exemplo: Chatô, Rei do Brasil, Olga, A Ilha e Montenegro que, dentre outros, são os que me agradam muito.
Além do imenso talento ao escrever, Fernando Morais tem outras virtudes. Como cidadão o considero um asno comunista apaixonado.
Uma espécie de bobalhão que milita na esquerda mais por moda do que por ideologia, já que vive como um nababo e pratica um capitalismo puro, socializando só seu talento com as letras.
Uma espécie de personagem de si mesmo, cheirando a bons charutos e com bafo de "scotch on the rocks" e vida de gourmet. Teve uma meteórica, desastrosa e fracassada carreira política.
Como escritor e jornalista tem a virtude estoica de não misturar nem contaminar suas obras com sua externada paixão ideológica, produzindo seus livros sempre com isenção, distanciamento pessoal e boa-fé intelectual.
Como se dissesse: quando escrevo levo as coisas à sério, com disciplina, método, estratégia e tática, como qualquer capitalista de sucesso, que é o que eu busco na última linha do balanço.
Talvez com a biografia de Lula também tenha sido assim. E a obra pode até ter algum valor literário. Não li e não vou ler a biografia do cínico.
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