23/01/2022

Ciro revela interferência de Lula para salvar filho em CPI do Mensalão e abala pilares da democracia.

A notícia divulgada na última segunda-feira (17), do arquivamento de investigação contra o filho do ex-presidiário Lula, Fabio Luís Lula da Silva, o Lulinha, no processo decorrente da Operação Mapa da Mina - 69ª fase da Lava Jato – não surpreendeu ninguém.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o conglomerado Gamecorp/Gol, gerido por ele, teria recebido transferências ilegais do grupo Oi/Telemar, no valor de R$ 132 milhões, entre 2004 e 2016. Crimes que se enquadrariam em corrupção e lavagem de dinheiro.

A decisão da juíza Fabiana Alves Rodrigues, da 10ª Vara Criminal Federal, não levou em conta provas ou documentos, mas o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), pela anulação das ações penais relacionadas à Lava Jato, a tal ‘conversa’ de que houve parcialidade do ex-juiz Sergio Moro.

Em resumo, há provas, mas que agora são consideradas, olhem só, ‘ilícitas’, e assim o filho segue feliz e tão ‘inocente quanto o pai’.  Mas essa ‘proteção’ a Lulinha não vem de agora e uma entrevista de Ciro Gomes que circula nas redes sociais mostra toda uma articulação de figuras nefastas para proteger o Lula e sua prole desde o início do ‘possível esquema’.

Ciro conta que quando ainda era ministro e corria a CPI dos Correios que investigava denúncias do mensalão, em 2005, ele teve uma reunião com o então presidente Lula, que chorava ao saber que Fábio seria chamado a depor no colegiado.

O pedido era para impedir – ou interferir – e o que veio a seguir pode ser um dos episódios mais ‘sujos’ da política nacional.

Ciro, conta que imediatamente tomou providências e se reuniu com Aécio Neves, que governava Minas Gerais, e os então integrantes da CPI, deputados Gustavo Fruet e Eduardo Paes (atual prefeito da cidade do Rio de Janeiro). Juntos, eles organizaram uma grande articulação parar impedir o depoimento, salvar o mandato de Lula e, talvez, da prisão, junto com o filho.

O que é contado pelo pré-candidato à presidência, da forma mais natural possível, como se fosse algo corriqueiro, e os nomes envolvidos – além de muitos outros que provavelmente acabaram colaborando para interferir na justiça – mostra na mão de quem esteve o comando do país por mais de 20 anos.

Este é o tipo de 'democracia' que eles defendem.  É de embrulhar o estômago!

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