23/12/2021

Presidente da Fundação Palmares mexe no "vespeiro" e começa a sofrer ataques da "esquerdalha"

Contando com o já tradicional ativismo político, a vereadora Erika Hilton (PSOL-SP), entrou na justiça para questionar a criação de uma nova logomarca para a Fundação Palmares. O juiz responsável, Victório Giuzio Neto da 24ª Vara Cível da Justiça Federal de S. Paulo, deu 72 horas ao presidente da Fundação, Sergio Camargo, para apresentar informações e documentos que justifiquem a criação da nova logomarca.

Acuse-os do que você é!
A Fundação Cultural Palmares é responsável pela promoção e preservação de manifestações culturais negras. A ação popular argumenta que o “novo logotipo promove o racismo religioso expresso por Sérgio Camargo na Fundação Palmares e foi criado com desvio de finalidade e violação à impessoalidade de entidade pública”.

O que acontece na realidade é exatamente o contrário. O logotipo anterior fazia referência ao machado do orixá Xangô, cultuado como representação da justiça e da força por religiões de matriz africana. Mas, quem disse que as religiões de origem africana representam a maioria da população negra brasileira? Apenas 3% da população negra se identifica com o candomblé, umbanda e outras variantes.

Ato racista é criar um vínculo forçado entre essas religiões e a população negra.

Aliás, a maior parte da expressiva parcela da população evangélica é negra. Em muitas comunidades cariocas os líderes desses ‘cultos afro’ estão sendo expulsos, não pela polícia, não pelo estado, mas pelos próprios moradores que não querem ser estigmatizados como umbandistas ou equivalentes.

Não estamos dizendo que essas expulsões são certas ou erradas, apenas noticiando um dado concreto. Sem juízo de valor.

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