24/11/2021

Quem será o candidato da China que enfrentará Bolsonaro?

O debate público no Brasil é feito por pessoas e entidades vendidas. Os analistas independentes e honestos são muito poucos e com baixa audiência. Aqueles que ousam combinar popularidade com independência são calados, como vimos com a censura do STF e do TSE.

O resultado desse cenário é que os vendidos só falam aquilo que é conveniente àqueles aos quais servem ou pretendem servir. E a realidade segue ignorada no debate que concentra-se em perfumaria e disputas por migalhas de poder.

O cenário da eleição presidencial do ano que vem é um bom exemplo. Uma leitura honesta e independente do nosso cenário político nos faz perceber que o está em disputa no Brasil é a primazia do interesse nacional contra o interesse chinês

Os interesses estrangeiros quase sempre tiveram trânsito livre no Brasil. Ingleses, americanos e, ultimamente, chineses, a depender do cenário geopolítico, não enfrentaram dificuldades para ter forte representatividade entre nossas lideranças.

Em nome de uma óbvia necessidade de sermos um país aberto ao mundo, o que é uma premissa que não se deve negar, concessões pornográficas sempre foram feitas aos interesses estrangeiros sem contraprestação relevante. Às vezes debaixo dos panos, às vezes sob a luz do sol, os crimes de lesa-pátria sempre pareceram coisa normal para nós

O atual Presidente da República tem demonstrado convicção em priorizar o interesse nacional. A não-submissão às agendas e interesses estranhos aos nossos combinada com o comportamento inusual de Bolsonaro, contribuíram para a criação da imagem de um monstro fora e dentro do país na qual muitos creem.

A chegada de Bolsonaro ao poder representou, portanto, uma ruptura ao modelo de submissão aos interesses chineses que vinham sendo mantidos pelos três últimos presidentes sob o verniz de diálogo e abertura comercial.

Essa postura nos indica que, se não aparecer algum “lobo solitário” com caríssima banca de advogados para defendê-lo, o único candidato do lado do interesse nacional deverá ser Jair Bolsonaro, goste-se ou não dele.

A dúvida é sobre qual será a grande aposta da China para as eleições presidenciais de 2022. Dentre os nomes que vêm sendo cogitados para eventuais candidaturas a presidente, Eduardo Leite, Ciro, Lula e Moro parecem os mais atrativos para uma vitória chinesa e seguramente todos contam com o apoio chinês. O que resta saber é qual dentre eles será principal aposta.

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