Fernando Nandé
A comemoração dos governistas, sobre as decisões do Supremo, é semelhante ao defunto comemorando o próprio enterro. Ganharam tempo, mas o tempo é o algoz que lhes corrói as entranhas. Qualquer previsão até março e feita com otimismo e boa vontade, aponta para o agravamento da crise política decorrente da crise econômica, pois estaremos bem próximos do precipício, ou dentro dele, com o desemprego crescente, sem investimentos, sem produção, inflação e com uma grande massa endividada. Sem economia forte, não há governo que resista.
Depois do entorpecimento das festas de final de ano e Carnaval, certamente o povo vai se dar conta que a fatura da corrupção e da incompetência governamental é para lá de amarga.
E ainda, basta mais uma prisão de graúdo na Lava-jato, uma inconfidência dos delatores, para todo o pessimismo voltar. O defunto comemora, mas se esquece que está morto. É uma festa fúnebre, senhores!
Impeachment não é golpe, atesta Supremo
O Supremo deixou bem claro, embora com decisões que atrasam o processo do impeachment e aumentem a agonia de Dilma: o impeachment não é golpe, é constitucional, é legal. Em outras palavras, o sujeito que brada “não vai ter golpe”, nas ruas, é, no mínimo um mal-intencionado, que renega a Constituição brasileira. Mesmo com todas firulas para dar um gás para o morto, em nenhum momento foi questionada a peça jurídica elaborada pelo jurista Hélio Bicudo e que pede o impeachment. Ninguém ousou questionar a legalidade do recebimento da denúncia pela Câmara. Ou seja, o processo do impeachment é uma realidade legal.
Amicus Curiae
O latim anda na moda. No julgamento do Supremo sobre Impeachment da Dilma, falou o “amicus curiae” (amigo da corte – no singular!), que não é parte no processo, mas colabora com ele. Na realidade, são vários os amigos da corte que fizeram uso da palavra, infelizmente, com pouca eloquência e poucos argumentos que se poderiam levar a sério, tanto a favor dos procedimentos do impeachment, como contra. O plural seria “amici curiae”.
Os aquedutos de Roma e o Direito
Por falar no uso do latim nos tribunais, o que é indispensável, posto que nosso Direito bebe das águas dos antigos aquedutos de Roma, notamos que poucos advogados conseguem dominá-lo, erram na sintaxe, no emprego das declinações e, principalmente, na pronúncia. A verdade é só uma: se não sabe, não use.
Lavagem na cabeça
Uns passam por lavagem cerebral e mentem para si mesmos, outros já nascem com a lavagem para porcos no lugar do cérebro, são mentirosos desde o berço.
Olhe os olhos
Não é a boca que pode falar a verdade ou mentir
São os olhos!
Como escuto a vida
O silêncio me aborrece, querida
Deixa eu ouvir teu coração
Quero escutar a minha vida.
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